A cidade de Siló e O Tabernáculo do Senhor

 


Siló foi uma cidade que ficava localizada no território da tribo de Efraim, e estava a aproximadamente 32 quilômetros ao norte de Jerusalém. Era um importante centro de adoração para o povo israelita e ali permaneciam a Arca da Aliança e o Tabernáculo desde a época de Josué até a época de Samuel.

O significado de Siló é desconhecido, porém acredita-se que ela é uma derivação do termo hebraico shalah, que significa: descansar, e foi ali em Siló, que Israel encontrou descanso.

 Após a conquista da terra de canaã, Josué se estabeleceu em um primeiro momento em Gilgal, mas logo depois se mudou para Siló. Não se sabe o real motivo de ter escolhido Siló, mas ao que parece, aquele local não havia sido habitada pelos cananitas, o que pode ter sido considerado um local não contaminado e propício para a adoração a Deus.

Alí foi levantado o tabernáculo , e os israelitas adoravam a Deus naquele lugar.

Após a morte de Josué, Siló continuou sendo o centro de adoração para os israelitas e assim permaneceu todo o período dos juízes, até os dias de Samuel.

Em Siló, todos os anos haviam celebrações com banquetes e danças em adoração a Deus.

Elcana, pai de Samuel ia a Siló, ano após ano para oferecer sacrifícios ao Senhor. Elí e seus dois filhos, Hofni e Finéias, eram sacerdotes em Siló neste período.

Foi ali em Siló, que Ana orou a Deus pedindo um filho, e foi para aquele local que ela levou Samuel, que seria dedicado no serviço ao Senhor.

Os filhos de Elí eram corruptos e corromperam as atividades sacerdotais e sacrificial que deveria ser realizada em Siló. Somadas a isto, suas atitudes relacionada as mulheres na entrada do santuário foi reprovado pelo Senhor, e foram essas atitudes pecaminosas dos filhos de Elí que provocaram o fim da descendência deste Sumo Sacerdote. Além disto, também provocaram a perda da Arca da Aliança.

Quando a arca de Deus foi capturada, tendo Israel sido derrotado pelos filisteus, Siló acabou perdendo sua importância religiosa, (1 sm 4.3,4,12) e os sacerdotes fugiram para Nobe, ao norte de Jerusalém. (1sm 22.11).

Siló, ou pelo menos o Tabernáculo que ali ficava, acabou sendo destruída por volta do ano de 1050 antes de Cristo, na mesma época em que a Arca foi capturada, o que sugere que após tomar a Arca, os Filisteus invadiram a cidade e destruíram o que encontram pelo caminho.

Siló como centro do culto a Deus deixou de existir, porém é possível que naquele lugar tenha permanecido um santuário de porte menor, o que justificaria a visita da mulher de Jeroboão à casa do profeta Aías, conforme registrado no livro de primeiro Reis, capitulo 14 verso 1 ao 4.

Além de Siló, Betel durante o período dos juízes, era visto como um lugar de adoração, e muitos iam até Betel para oferecerem holocaustos e ofertas. Ali, naquele lugar, a Arca da Aliança chegou a permanecer durante um tempo.

Jeremias, em seus escritos, sugere que em seus dias as ruínas do Tabernáculo em Siló, ainda podiam ser vistas e utilizou este fato, para reforçar sua declaração de que o Templo de Jerusalém teria um fim semelhante, devido a corrupção moral e religiosa. Isto de fato aconteceu por volta do ano 500 antes de Cristo.

Sobre Siló, escavações arqueológicas identificaram o local antigo como: Khirbet Seilum. Elas indicam que a área não era habitada pelos cananeus na época de Josué e que houve uma ocupação pagã em cerca de 1050 a 1200 antes de Cristo.

Os arqueólogos provaram que ocorreu uma destruição completa daquele local, o que está alinhado com os registros bíblicos.

Segundo eles, tempos depois,  foi construído ali um muro, bem como uma ou mais sinagogas e também uma igreja cristã. Isto é um indicativo que por muito tempo as pessoas se lembraram que aquele lugar esteve presente o Tabernáculo e a Arca da Aliança, e certamente ali, havia sido um lugar especial.

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