Esta parábola trás uma
luz sobre o estilo de vida do homem. Jesus a pronuncia após ser interrompido
por alguém que lhe faz um pedido um tanto impróprio: “Diga ao meu irmão que
reparta comigo a herança”. Este pedido é interessante, pois quando aconteciam
disputas sobre propriedades e possessões, os adversários buscavam o conselho
dos escribas, que eram então os guardiões da lei nesses assuntos.
Jesus trás uma
referencia dura a respeito deste objetivo, tratando então a pessoa que deseja viver
desta forma, com esse objetivos de “Louco”, uma palavra que significa: sem
razão, sem sanidade mental.
E quanto a ser louco,
isso está provado de varias maneiras, a qual mostraremos a seguir.
1-
Ele era Louco sem Deus.
Davi mostra a imagem de
um louco como a de um homem que afirma “Não há Deus”. (Salmos 14.1). O verbo há
foi adicionado para completar o sentido do texto. A expressão original é NÃO
DEUS, ou DEUS NÃO, como se o louco fosse alguém que disse: Não quer nenhum Deus
para mim”! Isso não significa um ateísmo em si mesmo, negando a existência de
Deus, mas sim o ateísmo prático que é quando alguém rejeita estar sob o governo
moral de Deus. É por isso que louco e ímpio são termos tratados as vezes como
sinônimos. Uma vida vivida sem Deus é uma existência em que Deus está ausente.
Pode ser uma vida cheia de muitas coisas, mas se Deus for subtraído dela, com
certeza será uma existência vazia.
Pode ser que o homem, a
que Jesus se referiu aqui, não fosse má pessoa. Não há sinais de que ele tenha
acumulado riquezas por meio de qualquer pratica fraudulenta. Ele aparenta ser
um homem cuidadoso. A sua grande insensatez foi o seu desconhecimento da mão
divina, que sustentava sua prosperidade. Ele estava cego para o fato de que o
homem não pode viver somente de pão. Esqueceu de que Deus estava por trás dos
frutos, do milho e de tudo o que ele possuía, O Todo Poderoso, o único que dá
todo o bem e todos os dons perfeitos. Ele não conseguiu ver a si mesmo como administrador
de tudo aquilo com que Deus o enriquecera.
Não reconheceu, com
atitude de gratidão, que Deus é quem concede a chuva e as estações frutíferas,
e também não houve um gesto de gratidão de sua parte em voltar-se para Deus,
que é a fonte de onde nascem todas as bênçãos.
2-Rico Insensato.
Jesus referiu-se a esse
homem bem sucedido como rico; mas na verdade ele era um pobre rico. Ele era
como a igreja de laodicéia: rica, multiplicada de bens, sem precisar de nada;
no entanto pobre e miserável. Ao ver os seus bens aumentarem, ele depositou o
seu coração neles, em vez de colocá-los no verdadeiro Deus, que lhe dera a
habilidade de acumular riquezas.
No seu grande desejo de
produzir e acumular coisas deste mundo, esse rico não pensou na origem divina
dessas coisas e em usá-las para propósitos divinos.
Paulo diz que o amor ao
dinheiro não o dinheiro em si mesmo é a raiz de todo o mal (1Tm 6.10). Jesus
nunca condenou o dinheiro em si. Em algumas de suas parábolas ele tinha muito a
falar em relação ao uso do dinheiro tanto no campo espiritual como no material.
O rico louco e o outro rico, que é contratado com lázaro (çc 16.19-31), não
usaram a sua riqueza a favor dos outros. “A ilusão das riquezas” bloqueou
qualquer anseio por Deus e pela sua palavra. Um dos ricos usou as suas riquezas
para si mesmo enquanto o outro armazenou suas posses.
A parábola dos talentos
revelam como Deus espera que os seus servos usem o que ele lhes deu, e faz com
que renda juros para ele próprio, que é quem faz o empréstimo a eles.
Neste parábola, Jesus
expôs o pecado do homem rico louco – Ele deixou de ser rico para com Deus. Esse
não foi um discurso contra as riquezas em si, mas uma advertência no sentido de
que o desejo de adquiri-las não domine a vida e destrua toda possibilidade de
pensar em Deus e de almejar a salvação.
Não importa se nossas
posses são muitas ou poucas; não seremos ricos perante Deus até que sejamos
ricos na graça, na fé e nas boas obras.
3-Louco Egocêntrico.
Jesus demonstrou uma
grande habilidade em construir a imagem da soberba do rico louco. Ao se
utilizar Eu, Meu e Eu quero, declara seu anseio por possessão pessoal. Podemos
sua euforia ao observar suas riquezas a qual multiplicou e ainda iria
multiplicar mais. O Deus que lhe havia suprido tudo aquilo, não fazia parte de
seus pensamentos.
A loucura dele foi a
sua falha em reconhecer a fonte que tudo supre. Essa falha ocasionou a perda de
tudo.
4-Louco ambicioso
A ambição por si mesma
é boa. Paulo era bastante ambicioso. Por três vezes ele fala sobre a ambição do
cristão, e diz que cada um de nós deve manifestá-la (Rm 15:20; 2co 5.9).
Porém a ambição
manifestada no rico era egoísta e baseada nos cinco sentidos. Ele estava
determinado a construir celeiros maiores, não para que tivesse mais para dar, e
com o que pudesse glorificar a Deus, mas para que as suas reservas aumentadas
fossem somadas e assim saciar o seu ego.
5-Louco Condenado.
Esta noite pedirão a
sua alma. Ele havia declarado que haveria deposito para muitos anos, porém o
Deus, que ele se esquecera, inverteu rapidamente aquela vangloria cheia de
orgulho e disse: Esta noite te pedirão a tua alma. Em vez de celeiros, ele
teria um funeral, em vez da antecipação de uma vida de luxo, viria sobre ele um
chamado para prestar contas a Deus em relação as suas posses acumuladas.
Jesus acrescenta uma
questão: O que tens preparado, para quem será? O rico louco não poderia levar
consigo, para a eternidade nem um grão de seus celeiros lotados. Ele deixaria o
mundo com as mãos vazias, exatamente como havia entrado nele.
Muitos homens
sacrificam os prazeres mais legítimos da vida e também espirituais, para ganhar
dinheiro e, de repente, morrem e deixam para trás o seu lucro, conseguido com
tanto esforço, para ser dissipado por filhos preguiçosos e amantes dos
prazeres.
Esse homem se enganou
quanto ao propósito de sua vida, ao imaginar que consistia na abundancia de
suas posses materiais, sem buscar uma direção divina, viveu apenas a partir das
motivações humanas, esse louco jamais conseguiu a felicidade de viver, nem
manter-se vivo na terra.
Ele também se enganou
quanto ao uso correto dos recursos deste mundo. Preferiu obedecer a sua própria
vontade, em lugar da obediência a Deus, quanto ao que deveria fazer com esses
recursos; por isso acumulou seus bens, quando a coisa mais sabia e mais útil a
fazer era usá-los para o bem de outras pessoas.
Talvez o erro mais
destacado desse homem tenha sido a sua negligencia com relação ao futuro. Ele
preferiu riquezas que podia ver e manusear, aos tesouros ocultos e eternos
armazenados no céu. Confiou demais que teria muitos anos pela frente, enquanto
que aquele era seu ultimo dia. A cobiça é perigosa, Ele perdeu os seus bens
materiais e também sua alma.
Jesus disse aos seus
discípulos que considerassem os corvos, os lírios e os pardais de que o seu Pai
cuida, e que o único celeiro ou armazém está nos céus. Se Deus estiver em
primeiro lugar, e não os nossos bens, então seja o que for que ele nos permita
ter, e não faz diferença se for muito ou pouco, será usado como útil para ele.
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